Recentemente fiz uma leitura de um livro muito interessante e instigante sobre uma família dilacerada pelo infortunio e a vida com suas voltas e viravoltas. Uma obra de Victoria Hislop com o título de A Ilha, um romance que relata o estigma de vida de uma família afetada pela lepra até a quarta geração. Este romance de vidas e paixões intensas teve como cenário o Mediterrâneo do inicio do século XX e passando pela Segunda Guerra Mundial.
A ilha é uma história de desejos, paixões, discriminação, amizade, insegurança e grandes segredos e teve inicio quando Alexis Fielding resolve descobrir o passado da sua mãe. Mas Sofia nunca falou sobre ele, apenas contou que cresceu numa pequena aldeia em Creta antes de se mudar para Londres. Quando Alexis decide visitar Creta, a sua mãe dá-lhe uma carta para entregar a uma velha amiga dona de uma taberna em Plaka e promete que através dela, vai saber tudo sobre a sua vida.
Ao chegar a Plaka, a jovem surpreende-se com o fato de que na distância de uma simples travessia de barco, ergue-se a deserta ilha de Spinalonga- que funcionava como leprosário na Grécia. Depois de ser recebida pela melhor amiga da sua mãe, Alexis descobre a história enterrada por Sofia por toda a sua vida; a trajetória de gerações devastadas pela tragédia, pela guerra e pela paixão que dominou toda a história do clã dos Petrakis.
Após ser feito o diagnóstico da lepra as pessoas infectadas eram transportadas para a ilha e lá permaneciam até o fim de suas vidas se tornando prisioneiros sem nenhum contato físico com as pessoas a quem amam e ali são predestinados a entrar em decadência sem esperanças de voltar a integrar no mundo lá fora.
Alguns leprosos tentavam levar uma vida normal dentro das suas possibilidades e limitações e buscavam alternativas junto ao governo de Atenas, para que pudessem ter uma vida mais digna já que estavam excluídos da sociedade e também das suas famílias. Entre essa ajudas contavam com visitas semanais de dois médicos o Dr. Christos Lapakis e o Dr. Nikolaos Kyristsis que morava em Ágios Nikolaos, realizavam consultas e faziam medicamentos-multidrogaterapia para aliviar as dores dos pacientes.
Olha pessoal, a história é longa, envolvente e fascinante, por isso faço a recomendação dessa leitura e tenho certeza de que quem a fizer vai amar. LEIAM A ILHA e descobrirão os segredos que a autora nos revela.
Tenham uma boa leitura!!