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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

PENSANDO SOBRE POSSÍVEIS MUDANÇAS E CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS



Em um mundo cada vez mais globalizado, utilizar as novas tecnologias de forma integrada ao pedagógico é uma maneira de se aproximar da geração que está nos bancos escolares, afirma Maria Elizabeth Bianconcini pág.48, pois sabemos que uma grande parte dos nossos alunos quando não têm computador e Internet em casa, mas freqüentam outros ambientes informatizados, mas não encontram esses recursos na escola, o que para eles deixa de ser atrativo.
Achei muito interessante o texto da entrevista de Pedro Demo sobre os maiores desafios que professores e alunos enfrentam hoje para acompanhar o desenvolvimento tecnológico como subsídio de aprendizagem.
Concordo quando ele coloca que não devemos inserir as tecnologias de qualquer maneira, a qualquer custo, mas precisamos ter a consciência da sua utilização adequada, pois não temos mais como ficar distante delas, ela vai se implantar em nosso meio,“conosco ou sem nosco”.Isso significa que não temos como fugir dessa realidade e sim, saber utilizar dos benefícios que ela nos traz.
Silva (1990) afirma que uma das mudanças e transformações decorridas na inserção de novas tecnologias na sala de aula é a transição do papel do professor de tradicional, para facilitador da construção da aprendizagem. Este processo de mudança de atitudes é longo e com diferentes graus de evolução, devido à diversidade na formação dos professores. É preciso ter em mente que os resultados em educação não vêm em curto prazo. Os currículos estão se alterando hoje e a diferença será sentida daqui a algum tempo. Mas a hora da mudança é agora. A inclusão digital é uma realidade cada vez mais presente não só nas escolas como também em nossas casas.
Para integrar as tecnologias, é preciso deter tanto o domínio instrumental como o conteúdo que deve ser trabalhado, as próprias concepções de currículo e as estratégias de aprendizagem.
Do ponto de vista metodológico o professor precisa aprender a equilibrar processos de organização e de “provocação” na sala de aula. Para isso ele precisa questionar, tencionar e provocar o nível da compreensão existente.
O uso do computador em sala de aula tem que ser feito de forma criativa e investigativa para que esta ferramenta metodológica do processo de ensino e aprendizagem não se torne apenas mais um adereço na sala de aula como o quadro negro, o giz e o caderno. Acredita-se que o uso deste instrumento tem que gerar na sala de aula um ambiente de curiosidade e questionamento, o que poderá gerar mudanças no papel do professor e do aluno.
“As ferramentas virtuais devem ser escolhidas de acordo com o perfil dos alunos e do trabalho que se quer desenvolver. Cada recurso aciona uma habilidade específica e é capaz de proporcionar uma experiência diferente”, ressalta Levon Bolivian.
Mas há duas questões que realmente precisam ser discutidas e resolvidas: a primeira é que é preciso cuidar do professor para torná-lo diferente, que a ele seja oportunizados e disponibilizados cursos de capacitação e aperfeiçoamento, como também equipamentos suficientes para que ele tenha condições de desenvolver melhor o seu trabalho e conseqüentemente melhorar a participação dos alunos nas aulas.
“Não adianta só criticar o professor, ele é uma vítima de todos esses anos de descaso, pedagogias e licenciaturas horríveis, ambientes de trabalho muito ruins,... Temos que cuidar do professor para que ele se coloque à altura da criança. E Também, com isso, coloque à altura da criança, a escola”. Pedro Demo.
Em segundo lugar, também é preciso que o professor queira mudar e buscar uma melhor qualificação na utilização das tecnologias. Não basta ser oferecidos cursos, e mais cursos, se ele não perceber que precisa mudar, precisa inovar para acompanhar o desenvolvimento tecnológico. “É como se oferecer água para quem não tem sede”, não há resultado satisfatório.
Esta mudança de papel torna o professor, um mediador na construção do ensino, instigando e sugerindo questionamentos aos seus alunos. Estes assumiriam uma postura de agentes ativos na construção de seu conhecimento, testando e experimentando em tempo real seus próprios questionamentos, pois, segundo Penteado (1997, p. 302) “com a presença do computador, a aula ganha um novo cenário, refletindo-se na relação do professor com os alunos e no papel desempenhado pelos demais atores presentes”.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, Maria Elizabeth Bianconcini- in Elizângela Fernandes- A Tecnologia precisa estar presente na sala de aula.
Revista Nova Escola, Junho 2010; Página 48 a 52.

http://www.eca.usp.br/prof/moran/espacos.htm

Tecnologia na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC; página 133 a 135
Pedro Demo – Os desafios da linguagem no século XXI.

3 comentários:

  1. Oi Luzia
    Temos uma grande missão com a novas tecnologias, temos que instigar, incentivar e envolver o aluno na mídia de forma pedagógica. Gostei que vc informou a referencia.
    @braços,
    Elisângela

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  2. Olá colega,
    este gostei muito deste trecho que você referenciou: Silva (1990) afirma que uma das mudanças e transformações decorridas na inserção de novas tecnologias na sala de aula é a transição do papel do professor de tradicional, para facilitador da construção da aprendizagem.Ainda existe profissional que resiste em trabalhar as aulas com o uso dos recursos tecnológico como meio de enriquecer a aula.
    bjo.

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  3. Olá Tia Luzia,

    Você foi bem feliz na descrição do seu texto. E uma observação importante que você fez é em relação ao professor se apropriar das tecnologias, querer realmente aprender para efetivar o uso da tecnologia na sua prática pedagógica.
    Sem perspectiva de mudança não é possível a tecnologia quebrar paradigmas na escola.
    Só com planejamento e vontade de crescer tanto pessoal quanto profissionalmente vamos fazer do uso das tecnologias no ambiente escolar um sucesso.
    Um abraço, Rosileide

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